segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Religiões, fascismos e nazismos!!!

Por Atanásio Mykonios


Infelizmente, as religiões expansionistas, como o cristianismo e os islamismos, em especial, não se contentam em crescer, encontram argumentos ontológicos para impor, não apenas aos convertidos, mas a toda sociedade, um modo de vida, um conjunto de normas específicas, um conjunto de proibições e, sobretudo, uma ordem jurídica que legitime a perseguição aos que não são convertidos ou que fazem parte de grupos outros. Como as religiões, notadamente no Ocidente, perderam parte de sua força para a modernização capitalista, que exigia um Estado-nacional aparentemente laico e liberal no que tange aos direitos civis, agora, muito em virtude da crise estrutural, estamos vendo as religiões avançarem sobre exatamente os contrários, querem tomar o Estado-nacional ou querem criar teocracias, muito à luz do que ocorre em várias partes do mundo. Não me iludo quanto a isto, trata-se de uma revanche das religiões que avançam sobre o Estado-nacional que, por sua vez se tornou uma ficção para o grande capital. Ocorre que, com a tradicional cordialidade que nos assombra há séculos, mantivemos sob o discurso do politicamente correto as liberdades religiosas. No entanto, essas religiões expansionistas não veem fronteiras nem limites, querem o poder social, político e econômico. Sua característica mais impressionante, que ressurge a cada período de nossa história, é o fato de que são violentas, castradoras, autoritárias, e assumem, a partir de um determinado ponto do conflito social, o que realmente pensam, sempre fundamentadas em argumentos ontológicos. Não importa o que somos e o que queremos, se não enfrentarmos essa praga neste século, alguns avanços que foram arduamente conquistados, experimentarão um retrocesso abissal. Não se esqueçam de que o nazismo, o fascismo e o stalinismo foram profundamente marcados pela insígnia das religiões organizadas. 

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